quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Publicar ou não publicar

Dia desses saiu um bafafá num grupo de corredores no facebook, porque uma moça disse que já bastava de fotos do Kit da Corrida Vênus: já que o Kit era igual em todas as fotos. Esse post gerou vários comentários e acabou descambando para brigas.
Eu saindo pro treino


Fiquei pensando sobre o fato e observando o meu comportamento e das minhas amigas antes, durante e depois das corridas desse final de semana (Vênus e Pão de Açúcar). Realmente após um fim de semana de várias corridas, o Facebook e o Instagram são inundados diariamente com um monte de selfies amadoras e fotos profissionais dos corredores.

Isso é chato?

Sinceramente para mim não. Adoro ver as fotos dos amigos, dos conhecidos e até dos desconhecidos. Também adoro postar e o pior... depois de alguns meses adoro voltar para aquelas fotos e revê-las. O porquê desse comportamento é que gostaria de abordar.

Correr vicia mesmo. É igual comer um doce que dá muito prazer. É como beber... E talvez seja como fumar. A gente quer sempre um pouco desse sofrimento, seguido de prazer todos os dias. Também precisamos manter o nosso estímulo em alta, porque - como já falei - tem sofrimento nesse processo. Postar fotos é tipo uma cartarse, é como um trabalho em um grupo de apoio. Você posta a sua foto e vários amigos comentam, fazendo o papel de estimuladores.

Também é legal mostrar para convencer quem não corre que esse vício é muito bom. Até porque todo corredor quer trazer amigos para a roda. Além disso (ou o principal disso), é uma forma de se auto parabenizar. Depois de tanto esforço e dedicação, é muito gostoso mostrar para a comunidade que vc venceu, que está feliz, que fez ou manteve amizade.

Tem o lado de mostrar que vc é muito esforçado. Todo corredor adora dizer que acordou 4, 5 horas da manhã para treinar ou para participar de uma prova de rua. Gostamos de mostrar os nossos treinos e esforços para comprovar que nada é fácil, mas que conseguimos.

 Para quem fica de saco cheio de tantas fotos, esses comportamentos podem parecer muito infantis. E são mesmo. Meus filhos de 10 e 7 anos também apresentam esses comportamentos, mesmo não usando tanto as redes sociais. Sendo assim, como postar fotos não prejudica ninguém, sugiro que meus amigos corredores continuem com seus comportamentos, mesmo que pareçam infantis para outros. Afinal... como já diziam, que "os incomodados que se mudem".

Além disso, existem saídas para os cansados dos excessos de postagem de fotos de corrida.
Algumas alternativas:
- não tenham ou não sigam amigos corredores nas redes sociais;
- se querem ter esse tipo de amigos mas não ver suas postagens, bloqueiem os posts desses caras;
- saiam das redes sociais;
- passem rapidamente pelos posts dos amigos corredores;
- façam filtros mais direcionados para que os posts não sejam os primeiros a aparecer.

Enfim, busque A SUA ALTERNATIVA e deixe quem gosta de postar, postar, portar e postar ser feliz. Afinal de contas, rede social é como televisão, ninguém é obrigado a ter, assistir ou ficar preso a uma programação.

domingo, 20 de setembro de 2015

Desafio em dose tripla

No ano retrasado, acompanhei a movimentação dos colegas da Atlas Schindler se organizando para correr a Maratona de Revezamento do Pão de Açucar. Na época, comentei que eu ainda faria essa prova, mas não acreditei muito que isso seria possível. Um ano depois fiz a minha primeira prova de corrida de rua: a do MC Donalds, mas não me sentia preparada para correr com uma equipe.

Enfim esse ano chegou a minha vez de participar. Preparada e com muita vontade. Só que tinha um detalhe: eu já havia feito a inscrição para a corrida exclusiva para mulheres: a Vênus que seria no mesmo dia. Por insistência da corredora mais experiente, topei fazer as duas. E um mês antes da prova: SURPRESA!!! Uma lesão na panturrilha.

Que desespero

Desespero por não poder treinar, desespero por ter um compromisso e não poder cumprir, desespero por medo de não poder mais correr. Mas com a indicação de uma amiga do coração, fui num fisioterapeuta e comecei as minhas 10 sessões de fisioterapia. Na semana passada, fiz a minha primeira prova de retorno e sem dor. Após correr os 5k do Circuito das Estações - Primavera, senti pela primeira vez, que poderia fazer as duas provas. Mas, confesso, com muito medo já que a preparação não tinha acontecido.

Vênus
A primeira prova foi a Vênus, realizada no Jockey Club. A Edilene e eu saímos de casa às 5h30, estacionamos no Parque do Povo e fomos a pé até o Jockey. A Fernanda, a Lilian, a Edilene, eu e mais 12 mil mulheres, largamos em busca dos nossos objetivos: 5k, 10k e 15k. Consegui fazer a prova de 5k em 35 minutos, de olho no frequencímetro. Meu objetivo era não deixar os batimentos muito altos para que eu chegasse inteira no Parque Ibirapuera, onde seria a segunda prova. Terminei a corrida, inteira e totalmente sem dor. Foi muito emocionante terminar a prova, gritei e comemorei muito ao passar pelo pórtico de chegada. Depois das selfies tradicionais, saímos em busca da minha segunda medalha.

Maratona Pão de Açucar
Depois de 20 minutos, chegamos ao Parque Ibirapuera. Minha amiga Edilene assumiu o volante e levou meu carro embora. Eu fui caminhando por uns 3 quilômetros até a tenda da Atlas Schindler, perto do Obelisco. Depois de me alimentar, trocar a camiseta e hidratar, voltei para perto do lago onde seria o ponto de troca dos atletas com número ímpar.


Apesar do calor escaudante, do cansaço de já ter feito uma prova e ter caminhado tanto, estava me sentindo bem. Depois de uma hora de espera, a Joana apareceu com o bracelete. Aí sim, é que senti o forno que seria corrida e a falta que faz árvores nas ruas.

Eu fui a 7a. e penúltima atleta a correr. Comecei meu trajeto às 10h45 e fiz o meu caminho (quase todo de subida na 23 de Maio) embaixo de um sol de 32 graus e clima seco. A alternativa foi me molhar com os copos de água e caminhar um pouco na subida para poupar a minha perna. Mas cumpri... Logo no pórtico, vi a minha amiga Cláudia (a mesma que me incentivou a fazer as duas provas). Entreguei o bracelete e dei aquele suspiro de alívio. 
Sabia de nada, inocente!!! Faltando uns 300 metros para a chegada, encontrei a Cláudia e ela me incentivou a voltar a correr para chegarmos juntas (nossa... aí sim achei que quebraria). Outra amiga e atleta do grupo, a Cláudia Vieira, também terminou com a gente. Foi uma das maiores emoções que tive, todo cansaço foi embora.
A superação é a melhor sensação que um ser humano pode sentir. Por isso é que a corrida vicia. Mesmo com sofrimento, porque foi uma sofrência muito grande correr mais de 3 quilômetros no sol forte e subida, ao final se tem a sensação de rendenção.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Mais um dia no cronograma da recuperação

No coronograma da minha recuperação lá se vai mais um dia. Já se passaram 18 dias e continuo de molho. Hoje tem fisioterapia e a esperança é que em mais 10 dias eu possa trotar. Enquanto isso, bike e exercícios para fortalecimento de braço e de abdomen.
E o medo de engordar faz todo o sentido. Já estou com um quilo a mais, mesmo reduzindo ainda mais a alimentação. Sem a corrida preciso comer tão pouco para não engordar que vira quase desumano.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Setembro: promessa de vida no meu coração

Hoje começa setembro de 2015. Amo o mês de setembro, que tem cara de primavera, som de Bem-Te-Vi, cheiro de flores, gosto de sorvete de baunilha. Setembro foi escolhido para ser o mês do meu casamento porque ele representa a esperança de dias felizes e quentes.

E tenho certeza que setembro de 2015 será o mês do meu retorno às corridas.
Hoje vou para a minha 5a. sessão de fisio, depois de 3 corridas, só como expectadora.